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sábado, 29 de março de 2014

Benefícios dos 12 passos

Há pouco tempo, eu me incomodaria com opinião X ou Y a respeito de qualquer coisa.
Hoje, me pego ouvindo ou “lendo” algo que me incomoda (tipo alguma opinião ou julgamento) e simplesmente reflito a respeito. Pego uma ruflles pra comer, vejo TV ou ouço uma canção e esqueço. E nem preciso mais contar até dez.

Fazer primeiro as primeiras coisas e viver um dia de cada vez, são lemas, que me ajudam a controlar a ansiedade, quando tenho inúmeras coisas para fazer.
Além disso, com essa prática, consigo estabelecer metas e cumprir uma de cada vez. Se alguma coisa ficou sem fazer, eu penso “não era prioridade” e ainda penso “só por hoje”, não deu pra fazer”.

A consciência da impotência adquirida com a aceitação de tudo que não posso modificar traz conforto e acalma a alma.

Quando me sinto bloqueada (por qualquer razão que seja), penso que posso dar um passo e ir seguindo com calma, porque o que importa é ir seja em qual ritmo for. E ainda lembro que devagar, se vai longe.

“Viver e deixar viver” refere-se a uma prática que me conscientiza de que cada um deve viver a sua vida.  Que cada um tem a sua opinião, sua forma e seu jeito. E que não existe certo ou errado. E eu preciso ter esse lema como um sininho no meu pensamento. Salvou-me de alguns desastres e coloca-me no meu devido lugar, muitas vezes.

E por fim, quando meus sentimentos tornam-se insuportáveis, e não tenho controle sobre eles, peço a Deus que os remova do meu coração.
E nossa!! Como isso funciona!!

Muitos conseguem isso, a partir de alguma religião ou meditação. Outros já nascem com esse dom. Eu, por algum deslize no meu percurso, precisei aprender. E aprendi com a programação.

E só tenho a agradecer.
E só posso continuar voltando.
Porque comigo funciona!


Bora lá, indo pra uma reunião recarregar as baterias.

sábado, 22 de março de 2014

Atitude



Ter atitude não significa ser bom ou ruim. Ter atitude é ser autêntico, sincero, verdadeiro consigo mesmo e com o próximo. É usar a intuição no primeiro momento, é ter firmeza sobre o que diz e sobre o que vai fazer, é ser rápido no raciocínio e usar o coração nas decisões.

Muitas pessoas perdem oportunidades por falta de atitude, e muitas sofrem de depressão por que não tomaram uma atitude no momento certo. Ter atitude é ser positivo, é fazer o que tem que ser feito na hora certa, no agora, no momento presente. Quem tem atitude não deixa nada para amanhã. Há pessoas que pensam bem antes de tomar uma atitude. Quem pensa no amanhã não tem atitude e sim medo.

Existe a atitude planejada: aquela que você acorda, planeja fazer alguma coisa e faz. Caso não aconteça o que você havia planejado, você deverá procurar tomar outra atitude para mudar a estratégia sem ferir o seu objetivo.

Toda atitude tomada é correta, desde que seja a sua atitude e de preferência tomada com o coração, dentro da razão. Você deseja alguma coisa e quando consegue, sabe que é apenas o começo de uma trajetória.

Tomar atitudes significa praticar a intuição sem medo. Ser intuitivo é se entregar ao presente como se fosse o seu último momento, dando total atenção ao que está se passando à sua volta no agora. Ser intuitivo é colocar o planeta na palma de uma mão, e com a outra irradiar amor, paz, compaixão. Ser intuitivo é estar presente, é colocar a batida do coração no ritmo do Universo, na mesma sintonia.

Quando se confia no que foi estudado, no que foi aprendido, quando se confia em si mesmo e em Deus, tem-se atitude. Quando se quer fazer alguma mudança interior, só se consegue com atitude. Parar de fumar depende mais de atitude do que de quaisquer outros métodos. Se desejar alguma coisa importante, só vai conseguir se tomar uma atitude, que muitas vezes não é do seu agrado, mas é importante para a trajetória que você escolheu.

Não devemos tomar atitudes para agradar os outros. Ninguém conseguiu tal êxito no planeta. Mas podemos tomar atitudes de compartilhar os mesmos agrados com os que estão à nossa volta.

Podemos ver que tudo em nossa vida depende de atitudes. Há gente que diga: você não fez isso ou aquilo por falta de atitude! Na verdade, não foi falta de atitude, e sim a atitude de não fazer o que deveria ser feito.

Percebeu o quanto a atitude faz parte das nossas vidas? Mas, há as fortes atitudes: essas que você tem que tomar para mudar alguma coisa em si mesmo. Esta atitude de mudança de comportamento do nosso interior tem que ser agora, o seu coração tem que dar uma ordem para seu cérebro dizendo: “Estou mudando meu modo de ser para me sentir melhor, para ser uma pessoa melhor para mim mesmo, para minha família, para meus amigos, para o mundo”. É esta a atitude que você precisa tomar, e deve ser agora. É esta atitude que todos esperam de você.

“Ah! Não preciso mudar!” Engano seu! Todos os dias podemos ser uma pessoa melhor. Uma atitude pode mudar sua vida para sempre, para melhor ou para pior. Se sua atitude for tomada pelo pensamento, tem que tomar cuidado com os resultados. Se for tomada pelo coração, a possibilidade de ser a certa aumenta muito.

“Não tem mais jeito, estou muito velho(a) para mudar!” Nada disso! Você não tem idade. O tempo é contado e inventado pelo homem. Para Deus você tem vidas e vidas. O tempo não existe, nunca é tarde para nada, assim como nunca é cedo para tomar qualquer atitude. Mas tudo tem a sua hora certa. Para a atitude, o amanhã não existe. Tudo tem que acontecer no agora. Não deixe de tomar qualquer atitude pelo sentimento de pena. Quem traz o sentimento de pena não toma atitudes verdadeiras.

Então, não tenha medo de nada. Tome uma atitude agora. Se quer viajar, viaje... se quer amar, ame... se quer alguém, vá à luta... se quer estudar, estude... se não gosta mais do seu parceiro(a), fale agora. Tome a atitude de falar sempre a verdade. Seja verdadeiro com o seu coração.

Tome a atitude de ser feliz, vivendo somente no momento presente. Deixe o passado, ele não volta mais. O futuro é agora. O futuro é sua atitude neste momento.

Texto de: Bernardino Nilton Nascimento

terça-feira, 18 de março de 2014

Mudando o foco, de novo!

Quando ingressei no grupo de doze passos, eu acreditava que aquele grupo iria me orientar num caminho confuso do qual estava atravessando.
Eu não acreditava que tivesse qualquer problema... Pensava que era só uma fase turbulenta.
Prepotência né? Quem não tem algum tipo de problema?
Enfim, o programa não só me orientou nesse caminho confuso que eu me encontrava, como me fez ver e pensar coisas das quais nunca tinha pensado.
Ajudou-me a rever conceitos, a me olhar por dentro e, principalmente, a olhar tudo a minha volta, com outros olhos.
Ajudou-me a lidar com situações e emoções de forma mais equilibrada.

Hoje, com algum tempo de programação, admito que quanto mais avanço, mais tenho a aprender.

Passei os últimos meses em estado de instabilidade em relação à programação – talvez, uma recaída? ...
Pode até ser... Afastei-me, e acho que até regredi em alguns pontos...
Mas o pensamento continuava lá... Nos passos, nos lemas, nas partilhas...

Publiquei, inclusive, algumas postagens que indicavam meus questionamentos sobre ir ou não ir às reuniões.
Sentia-me inadequada, às vezes. E a realidade dos momentos já não era minha realidade.

Refleti sobre a minha insatisfação.
E consegui acalmar minha angustia quanto a isso.
Decidi que eu precisava de outro espaço, de outras pessoas e de outras partilhas.
E não estou virando as costas para o meu grupo de ingresso. Este será meu padrinho, na minha memória e no meu coração. E serei grata, eternamente. Pela iniciação, pelo acolhimento, pela troca de experiências e tantas coisas mais...

Está programado para esta semana conhecer a nova comunidade.

Continuarei na programação dos doze passos, só que com outro foco. E acredito mais compatível com minha realidade atual.
Também não vou abandonar repentinamente minhas origens. Até porque, fazemos laços que permanecem para toda uma vida.

E em agosto, ainda tenho o nosso encontro para ir... E estarei lá!!

segunda-feira, 10 de março de 2014

Bla, Bla, Bla...

Palavras... Palavras... Palavras...

Mas o que são elas?
Quando se perdem no nada...
Quando indicam o sul e as ações, o norte.

Até onde é possível não reconhecer um paralelo entre o que se diz ... e o que se fala?

O quanto posso reconhecer de expectativa nisso?
Talvez cinqüenta por cento – ou talvez cem – ou talvez nada.

Não estou insana.
Só gostaria de fazer um mero reconhecimento e ter alguma certeza... o mínimo que fosse...
Ou tenho alguma? E não consigo encarar?

Não quero mais ouvir
Quero ver!
Sentir!
Vivenciar!

Será por isso que o silencio é tão valioso?
Porque é nele que se ouve, que se sente, que se observa...
Porque é nele que as entrelinhas percebidas, são sinceras.
Tem que ser.
E a partir disso, a ação seria tanto quanto...

Mas... o que fazer com os sinais... se são tão reais?

Ainda não consigo compreender essa minha blindagem...
que se cristaliza aqui, na linguagem.

Eu só preciso de sabedoria para distinguir a diferença...
E, talvez, rever minhas crenças...

E agora, só peço muita, mas muita paciência e muita serenidade...

Porque... só por hoje,  está muito difícil.

domingo, 9 de março de 2014

Ambivalência

Eu penso que às vezes me coloco em estado de ambivalência,
E por essa razão, às vezes acerto, outras vezes erro...
Saio do ritmo e tento voltar...
Não quero acreditar... e as vezes duvido do que acredito.

Ainda tento seguir os passos, embora não tenha ido às reuniões com a freqüência que ia e queria...

Faço planos e, logo, os abandono...
E só tenho certeza das minhas incertezas...

Tive vontade de servir, mas não o fiz.
Penso em ir, e não vou.

Reconheço que ainda tenho a tendência de esperar perfeição em mim e nos outros e nas situações... mas entendo que isto, é sinal de que posso começar a abandonar essas expectativas.

Ainda tenho alguns hábitos que preciso pensar em deixar...

Por exemplo, a procrastinação que acaba sendo um dos resultados desta ambivalência.
Não agir quando é tempo de agir.
 – é um comportamento destrutivo. Produz stress, ansiedade, culpa, desarmonia, vergonha em relação aos outros e uma consciência incômoda da tarefa que está para ser realizada.

Mas vou falar disso em outro momento.

Por ora, só preciso me concentrar nessas questões e retomar minha motivação de continuar a agir para me sentir melhor. Porque, nesta semana, foram vários os sinais, que me levaram a pensar nisso.

E repensar se estou “paralizada”.

Ou se vou (e como vou) continuar os passos.

domingo, 2 de março de 2014

Nada é por acaso


Sempre acreditei que as coisas acontecem por alguma razão.
Apesar de desconhecer os motivos de muitas coisas das quais já vivi e ainda vivo, tenho recebido confirmações em algumas passagens da minha vida, de que nada é por acaso...

Um exemplo pertinente aqui é a minha narrativa sobre tornar-me nar-anon.

Antes desse acontecimento, eu tinha pensamentos do tipo: “por que isso está acontecendo comigo?”

Mas hoje percebo diferente. Passar por tudo o que passei fez-se necessário como um caminho para eu conhecer a programação dos doze passos.

Provavelmente, eu passaria anos, ou a minha vida toda sem esse conhecimento, se eu não tivesse a oportunidade de ter "o" motivo para chegar e conhecer esta programação.

Por isso, sigo acreditando que não depende apenas de minha vontade, pois minha vontade nunca foi ter tido um motivo para conhecer a programação.
E de toda forma, só por hoje, eu agradeço imensamente ter vivenciado tudo o que vivi e que possibilitou eu tornar-me uma pessoa em busca de ser cada vez melhor!

Com a programação passei a ter um contato com Deus, como nunca tinha tido antes. É como aprender a ter uma relação direta e intima diferente de tudo que já tinha vivido antes.

Aprendi a ter tolerância e paciência.

Aprendi a pedir perdão e, principalmente a me perdoar e, mais importante, aprendi a entender o significado dessas duas ações.

Descobri que devo aceitar o outro como ele é, mas que também posso fazer minhas escolhas, sem medo e sem culpa.

Passei a ter uma consciência de mim mesma mais apurada e isso me ajuda a lidar com sentimentos negativos (raiva e ressentimentos) que só nos fazem mal.

Só por hoje eu sei que o que vivi ontem ficou no passado, e que este passado tem um valor muito precioso...
Pois por causa dele, transformei-me no que sou hoje.
E isso, não foi por acaso!

sábado, 1 de março de 2014

Ausência de expectativas, aceitação ou conformismo?


No incio desta semana o termo conformismo esbarrou no meu pensamento.
Daí fiquei pensando se seria algo negativo, e qual a a diferença entre aceitação e ausência de expectativas.

Já falei aqui no blog, diversas vezes, sobre o fato de que viver só por hoje e, um dia de cada vez, nao tendo expectativas, seria um dos ingredientes para se manter bem. Eu leio, falo sobre isso e concordo... mas não quer dizer que eu consiga sempre.

Em julho publiquei uma postagem sobre Aceitação (http://umpasso-decadavez.blogspot.com.br/2013/07/aceitacao.html) e lá eu digo que é diferente de aprovação, pois não se trata de concordar ou ser cúmplice. Aceitação, em doze passos,  é reconhecer que somos incapazes de modificar aquilo que está fora de nossa alçada e concluo que é uma condição de respeito (ao outro).

E por fim, conformismo de acordo com o dicionário, tem como sinônimo: acomodação, comodismo, resignação.

Então, se pensarmos superficialmente sobre estas três questões poderíamos pensar que se tratam da mesma coisa. Mas não é, né?

A linha entre elas é bem tênue.

Aqui, de acordo com o que pesquisei, a ausência de expectativa e a aceitação são atitudes positivas, enquanto o conformismo, de certa forma, é negativo.

O fato de não criar expectativas com o objetivo de evitar frustrações, assim como o fato de Aceitar o outro como ele é, nao significa que eu deva me conformar e me acomodar em alguma situação. 

Por isso, devo viver um dia de cada vez sem criar expectativas, devo amar e aceitar o outro como ele é, mas posso modificar a mim mesma, os meus sentimentos e até a minha jornada. 

E penso que uma demonstração disso pode ser traduzido em desapego, desligamento com amor.

E confesso, é muito, mas muito difícil.