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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Serenidade

É um momento precioso.
Não tem tristeza, mas também não é alegria...
É uma paz interna inexplicável e muito gostosa de sentir.
É como estar de bem com a vida, com tudo e com todos...

Como se nenhuma lembrança ruim pudesse vir...
E nenhuma lembrança boa pudesse trazer a euforia

É o meio, o equilíbrio entre os opostos
Como se nada fosse te afetar...
De certa forma, eu diria que é como ter um contato com Deus
Porque uma sensação como esta, é simplesmente divina.

As dores vividas não machucam
A saudade do que foi bom, não dói
O sonho que não realizei ainda, não frustra
O apego material perde o sentido
A esperança é grande
É como deixar de ser corpo para ser alma

E minhas imperfeições ficam pequenas
Minhas batalhas perdidas não pesam tanto
E o que sobra... é pureza! Doçura!

É um estado de espírito que eu peço a Deus para me manter sempre...
Torna-me grande, mesmo sendo pequena
Torna-me maravilhosa, mesmo com todos os defeitos

É amor
É paz
É compaixão
E é maravilhoso.

Agradeço a Deus por estar num momento assim
E peço que me favoreça, em mais momentos da minha vida, com tamanha paz de espírito.
e que todos... possam ter o privilégio de sentir-se assim....

Só por hoje!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Par ou Impar

Quando penso em mim e em um Par, primeiramente me vem o sentido como um ser Ímpar.

Impar como único, singular, “que não tem igual”.

E na matemática, todo e qualquer número ímpar em sua soma, terá um resultado par.

Se em nossa essência somos únicos e na matemática toda soma de ímpares nós dá um resultado em pares, poderíamos concluir que é muito simples formarmos Pares.

Eis a questão – por que não é?

Somos, cada um de nós, ímpares, seres que pode tomar qualquer decisão, qualquer caminho a seguir, às vezes certo, outras vezes não. As personalidades são ímpares, cada um com seus hábitos, perspectivas e desejos. O que Deus colocou no homem é o que o torna assim, mas esse estranho ímpar é o que leva o homem a ser responsável por suas atitudes, ser individual.

Será que no egocentrismo de nossa singularidade, não nos damos conta da soma com outra singularidade que resultaria em um par?

Ou será que estamos querendo sempre mais?...

O fato, é que os pares humanos não são da mesma simplicidade que os pares matemáticos.

E que se temos 1 + 1 = 2, o mesmo não se aplica a [um ser + um ser = um par]. Pois em nossa individualidade, [um ser + um ser = dois seres] que deveria ser um par, mas não necessariamente o é. Porque cada ser continuará tendo a sua singularidade e isso, talvez seja o mais complexo de se compreender.

Então... falar de relações humanas, não é tão simples ou lógico como falar de matemática.
Somos humanos e somos impares, e por isso, complexos.
E uma das formas de minimizarmos essa complexidade toda seria nos atentarmos a essência do amor (em sua forma mais sublime)

E uma das maneiras que vejo nessa prática é o fato de ter aprendido a respeitar o meu próprio espaço sem invadir o espaço do outro.

E se consigo amar, e deixar ir, consigo manter a minha unicidade e a do outro.
Consigo amar de forma impar, mesmo sem formar o par.

sábado, 20 de julho de 2013

Segunda chance

Em algumas situações eu pensava que se tivéssemos uma segunda chance tudo seria diferente.
Mas já passei por situações em que não tive a segunda chance e sobrevivi.
Também passei por situações em que tive e dei a segunda, a terceira, a quarta chance... e nada mudou com relação a “primeira chance”.

O fato é justamente esse. A vida continua. O tempo corre. E vivemos o que temos de viver no momento em que vivemos.
Essa coisa de segunda chance... é como se pudéssemos tentar consertar algo que não deu certo, ou como se quiséssemos voltar atrás para fazer algo que poderíamos ter feito (ou não fazer algo que não deveríamos ter feito).

E penso que a vida, talvez, seja como o rio. Corre sem parar. Posso nadar e tentar recuperar aquilo que passou ou posso deixar ir.
Isso é o momento passando na nossa frente.
Segunda chance teria o significado de eu deixar passar... e ficar torcendo para que o mesmo objeto passe novamente pelo rio, porque decidi então, pegar da próxima vez.

Acredito que as segundas chances acontecem sim em nossas vidas. Mas como forma de acasos e, de certa forma, acaba sendo um momento novo, mesmo que pareça um retrocesso de segunda chance.

E não lembro em minha vida, nenhuma “segunda chance” que eu tenha dado a alguma situação ou a mim mesma que tenha funcionado.

E se o rio passa rápido, eu preciso ser rápida na decisão de pegar ou não o objeto.
Se eu pegar, posso não gostar e soltar no rio novamente.
Se eu não pegar, nunca saberei se perdi a chance.

E nessa analogia com a vida, entendo agora, que devo ser rápida nas minhas decisões. Dar o passo inicial para conhecer o que quero conhecer. Se não for bom, solto e continuo. Se for bom, aproveitei minha chance.

Se decidir deixar ir... já foi. E não voltará mais. Se voltar não será a mesma coisa. Posso ter a ilusão de que pareça ser, mas não será.


Por isso, o dia de hoje, e exatamente este momento, é o mais importante de minha vida.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Aceitação

Hoje, após algumas 24 horas de estudo dos 12 passos, reconheço imediatamente quando me deparo com alguém tentando me modificar. Não desenvolvo nenhum sentimento negativo, sinto apenas compaixão.

É impossível agradar a todos. Sempre terá alguém para te criticar. Por isso, se gostamos de ser quem somos o resto não importa.

A aceitação é uma prática muito difícil. E essa dificuldade é dos dois lados (aceitar ou ser aceita).

Nossa língua portuguesa é realmente bem complicada.
Se pesquisarmos no dicionário, um dos significados de aceitação é aprovação.
No contexto dos 12 passos, quando falamos em aceitação não estamos dizendo que aprovamos isto ou aquilo. Simplesmente, estamos nos colocando numa condição de impotentes diante daquilo que foge do nosso controle.
Aprovação é concordância e cumplicidade.
Aceitação é reconhecer que somos incapazes de modificar aquilo que está fora de nossa alçada.

Ter essa consciência é uma experiência de crescimento. Causa mudanças em nós mesmos, na forma como reagimos diante daquilo que não aprovamos. Causa mudanças em nossos sentimentos e a opinião do outro a respeito de nos mesmos e de nossas atitudes deixa de nos incomodar.

Aceitar as pessoas como elas são e não como quero que sejam, é um aprendizado difícil para muitos.
E isso não significa que tenhamos que aceitar um comportamento inadequado. Afinal, podemos escolher não nos relacionarmos com quem nos atinge de maneira nociva.
E se escolhemos nos relacionar, aceitar é respeitar o outro como ele é. E ser aceito, é ser respeitado como se é.

O resultado disso é viver a vida de maneira leve, um dia de cada vez, na paz e serenidade.


quinta-feira, 4 de julho de 2013

LIMITES

Precisamos aprender e nos treinar a autorizar-nos a ter limites, para tudo o que consideramos que seja razoável.

Então, como descobrir os nossos limites?

Em primeiro lugar, é improvável que os nossos limites sejam bem sucedidos se forem:

·        Focados em mudar o outro
·        Baseados no ressentimento ou raiva
·        Limitados a prazos

Uma das razões pela qual estes não funcionam é que o outro pode sempre fazer alguma reclamação sobre seus limites. Por exemplo, argumentando que você está sendo arbitrário ou cruel.
Outra razão, é que, quando focamos em mudar o outro, além de não estabelecermos limites, estaremos invadindo território impróprio. O que, com certeza, gerará uma grande frustração para todos.
E toda ação ou reação movida a grandes emoções (principalmente as negativas) não trazem bons resultados.
E quanto a prazos – os limites são limites – e estes não tem data de validade.

Não estabelecer limites permite que o outro jogue ou manipule.

Então quais são as bases de bons limites?

Meu aprendizado sugere que as fronteiras serão bem sucedidas se forem:
·        Focadas em minhas próprias necessidades e valores
·        Uma expressão de amor-próprio e auto cuidado
·        Sejam compassivos, mas realistas.

Se delimitarmos nossa área de acordo com o que escolhemos para nós, ficaremos mais firmes e mais seguros quanto a nossa decisão.
Colocando sentimentos positivos e não perdendo de vista a nós próprios, não perderemos o foco do nosso objetivo.
E ser compassivo, é ser humano sem perder o sentido da realidade ao que nos propomos.

Levamos um tempo para aprender a andar.
Com muito queda e muito treino, aprendemos.

E em tudo é assim. Por isso, focamos primeiro as primeiras coisas.