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domingo, 31 de março de 2013

Passos lentos


Tenho andado em círculo nos três primeiros passos da programação.

1- Admito-me impotente diante de tudo que está fora de mim.
2- Acredito que um poder maior pode manter a minha sanidade.
3- Entrego minha vontade e minha vida a esse poder maior.

E estanquei nisso.

Por isso às vezes, fico congelada, ao que parece, na inação.

Tudo o que eu realmente posso fazer é trabalhar os passos um a um e mantê-los em foco, sem pressa ou sobressaltos.
As respostas virão a partir desse processo. Vou descobrir isso para conseguir seguir adiante.

Imaginei que discorreria pelos doze passos fácil e rapidamente, meio que a passos largos...

Hoje sei que não é assim que funciona, e confesso, estou definitivamente em passos lentos.

Estou aprendendo tudo de novo.

A vida prospera em drama. O melhor que posso fazer (a primeira talvez) é deixar de ser parte do drama.

E tento apenas compartilhar minhas experiências, pois isso funciona para mim.

Eu sei que aprender a gerir os meus próprios medos, acreditar e entregar são fundamentais para esse processo.

Eu só preciso achar o caminho. E depois... não sair dele!

Desejo a vocês uma linda semana e um ótimo inicio de mês!

quarta-feira, 27 de março de 2013

O Príncipe e o Sapo


Ouvi uma história que me impressionou, e fiquei dias pensando nela.
Resolvi editá-la em forma de parábola, usando os nomes fictícios João e Maria, em respeito à tradição do anonimato.

Maria contou...

... Que alguns anos atrás, conhecera um homem. Ele era simples e comum, pois no primeiro momento, nada de especial podia ser visto nele. Aos poucos, no dia-a-dia da convivência passou a vê-lo como um príncipe que, em tudo, se mostrava nobre e belo.

Depois de algum tempo, Maria percebeu um fato estranho: - João simplesmente desaparecia de vez em quando. E mais algum tempo depois, soube o motivo: - Ele era adicto. E o seu desaparecimento indicava que tivera uma recaída no uso.

Maria conta que, nesse início, não entendia muito bem o que era a adicção. Mas percebia inconscientemente que João, de príncipe, transformava-se em sapo.

Quando voltava, após seus desaparecimentos, João ainda apresentava traços de sapo. A transformação acontecia lentamente e, aos poucos, o príncipe estava lá de volta, inteiro e lindo.

Mas essa transformação acontecia também no sentido contrário.. O príncipe, de repente, mostrava sinais que indicavam que logo, muito logo, ele se tornaria um sapo novamente.
E isso aconteceu por alguns anos. Ora príncipe, ora sapo.
Maria odiava o sapo. Amava o príncipe. E ambos residiam na mesma pessoa.

Seu desejo era ter João como príncipe eternamente ao seu lado. Mas isto, não dependia dela, pois a decisão de se transformar (ou não) em sapo, cabia somente a ele.

O seu príncipe estava nos sonhos, no passado, no desejo. E o que se manifestava, cada vez mais freqüentemente, era o sapo, feio, incomunicável, irracional.

A transformação acontecia de forma progressiva, lenta e determinante.

Um dia qualquer João desapareceu. Maria sabia que era, mais uma vez, o sapo prevalecendo. O que ela não sabia é que aquela transformação seria a última.

Ele voltou sim. Mas voltou sapo. Não apresentava mais, nenhum indício de que o príncipe pudesse estar ali.
João voltara, somente para mostrar, que o príncipe tinha ficado no pântano.

Maria então abriu a porta e deixou o sapo partir.
Ela sabia que o príncipe estava lá e que estava indo junto.
Mas essa decisão, de ser príncipe ou sapo, de ficar ou ir, era só dele!!


Não vou comentar muito. Existem muitas reflexões a serem tiradas dessa história. 
Para mim, entre outras tão importantes quanto, fica:
o lema: Viva e deixe viver , 
o primeiro passo: Admitir-se impotente 
e uma reflexão sobre “desapego” 

Beijos e um feriado cheio de chocolates!! Feliz Páscoa!!

domingo, 17 de março de 2013

Agradecimentos


Muito feliz com a estatística de ontem.
O blog atingiu 1000 visualizações de página.

Quando iniciei este blog, em dezembro de 2011, não tinha noção da proporção do mesmo. Ingenuamente, imaginava que era como escrever num diário. Ninguém iria ler, ou no máximo, apenas aqueles que eu convidasse ou enviasse o arquivo.

Iniciei timidamente, com 3 escritos antigos que nada tinham a ver com o tema. E em seguida, comecei a postar minha experiência com os doze passos.
Cresci nesse aprendizado. Também cresci com esse blog.

Hoje tenho certeza que nada é por acaso, e em breve postarei algo explicitando isso. Sobre pensar no sofrimento de uma situação, e descobrir que esta situação acontece justamente por um motivo especial.

Percebi ao longo desses meses, uma demanda de leitores estrangeiros. Por isso, fui estudar algumas ferramentas do blogger, e fiz algumas alterações e inserções. Uma delas, visando este público, foi colocar a ferramenta do Google tradutor. Agora, os leitores estrangeiros, podem traduzir online, a página do blogger.

Feliz com o acompanhamento, em saber que consigo dividir e compartilhar este meu aprendizado, agradeço os leitores que me enviam emails, os amigos que compartilham comigo em off sobre esta experiência, os membros, e todos do meu circulo, por estarem comigo nesta experiência, que hoje percebo como simplesmente, maravilhosa!
Sem ela, não teria conhecido esse contato com o Poder Superior, não teria essa auto percepção e não estaria engajada, da forma que estou, nesta busca de querer melhorar, um dia de cada vez.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Exposição


Fui questionada em off, por algumas pessoas sobre minha exposição neste blog.
Por isso, resolvi postar este tema.

Como descrito no meu perfil, escrevo sem regras e sem critérios, escrevo pensamentos, sentimentos e experiências de vida. E me coloco neste blog, de maneira autentica ao momento que estou vivendo e sentindo. Não penso para escrever, simplesmente deixo minha alma colocar em palavras a descrição do meu momento.

E não considero isso uma exposição. Meu conceito de exposição é outro. É ter minha vida, minha intimidade, minha privacidade revelada, exposta, sem minha autorização. É ser traída por pessoas nas quais confiava. É descobrir que pessoas que conhecia há anos, não são quem eu pensava... enfim... a lista do meu conceito de exposição é infinita.

Escrevo porque gosto de escrever, e gosto de escrever assuntos do meu momento. O blog tem um objetivo: descrever e compartilhar minha experiência com os 12 passos. E nessa experiência, eu estou inteira. E não tenho qualquer motivo para me sentir exposta nesta experiência. Afinal, a experiência é minha e como a divido é de minha responsabilidade.

Sinto muito orgulho de mim mesma. Do que sou e do que faço. Nunca tive motivos para mudar de calçada ou para baixar a cabeça. E esta minha experiência é mais um motivo de orgulho, por isso a divido aqui.

Alem disso, gosto de saber que minhas experiências podem ajudar algumas pessoas.
Sei que a regra é: “pegue o que for bom para você, e deixe o resto”. Aqui neste blog é a mesma coisa. O que é bom para mim, pode não ser para outro, e vice versa. Por isso, sugiro que faça isso!

Apesar desse orgulho todo, cometo erros, tenho recaídas no meu aprendizado e ainda sei que estou longe de ser perfeita, mas busco melhorar um dia de cada vez.

Por fim, acredito ter conseguido resumir este tema sobre exposição.

Aos que me perguntaram como “anônimo” – espero que se sintam atendidos na resposta.

E obrigada por estarem comigo,

Beijooo by Bete Lima

quinta-feira, 7 de março de 2013

Sem palavras


Eu estou num momento em que não encontro palavras para simbolizar qualquer coisa (o que sinto, o quero, o que espero...)

É diferente de vazio – quando sentimos um nada.
É diferente de tristeza – quando sabemos o porquê estamos tristes.

É um momento confuso em que os pensamentos não se organizam e os sentimentos se misturam.
Fica tudo sem lógica e sem razão.

E as palavras não vêm.
E quando vêm, aparecem soltas e formam idéias desconexas.

A carta de Caio Fernando Abreu, escrita para Vera Antoun, descreve um pouco essa sensação:

“Não fique pensando em mim, não fique esperando nada de mim, não invente estórias. Eu preciso ficar sozinho algum tempo e deixar que naturalmente tudo se tranqüilize dentro de mim. Para então ver o que eu posso realmente dar a você ou a qualquer outra pessoa. No momento não tenho mesmo nada. Só coisas escuras. Prefiro guardar comigo.

Isso não tem nada a ver com a situação externa – local, pessoas
Porque se fosse externo, mudaria de local, procuraria a pessoa e tudo se resolveria. Simplesmente.
Isso é interno, complexo e indefinível.

Vander Lee, na composição “Onde Deus Possa Me Ouvir” também retrata um pouco essa sensação:

Sabe o que mais quero agora? Sair, chegar lá fora e encontrar alguém que não me dissesse nada e não me perguntasse nada também, que me oferecesse um colo, um ombro... Deixa eu chorar até cansar, Me leve pra qualquer lugar Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor, eu não consigo compreender, eu quero algo pra beber... me deixe aqui, pode sair... “



Mas isso é só um momento...
que palavras não descrevem...
E que também passa!

Por ora, eu só tenho a certeza que preciso me concentrar na programação e no estudo dos passos e voltar com um post pertinente...
Desculpem-me...