Se alguém duvida que o estudo de doze passos não se
aplica a toda a vida de um modo geral... vou contar a minha aflição.
Primeiro Passo - devo admitir que sou impotente diante
do crescimento de minha filha adolescente. Diante de suas rebeldias e crise típicas
da idade.
Ela já saiu outras vezes, mas sempre em companhia de
pessoas da família.
Hoje, pela primeira vez, ela saiu sozinha. Eu a deixei
no shopping às 13:00hs. Foi encontrar-se com o namorado e iam ao cinema.
18:00hs – nenhuma noticia. Nenhum telefonema.
Sim, eu já estava à beira da loucura.
Segundo Passo – Preciso acreditar que um Poder superior
a mim mesma, pode me devolver a minha sanidade.
(afinal, ela só está no shopping, com outro
adolescente e eu não preciso enlouquecer por isso)
Mas como é difícil, essa mania de controlar, de querer
ser Deus, de querer proteger sob qualquer circunstancia. Como se tivéssemos esse
poder.
Espero até 18:30hs. Conto minuto a minuto. Se não me
ligar, eu ligo.
Pronto. 18:30hs, ligo e nada. Decido então, ligar pro
celular do namorado. Nada.
Terceiro Passo – Tomo a decisão de entregar a minha
vontade e minha vida aos cuidados de Deus.
E faço a oração da serenidade.
Que mais posso fazer?
Preciso “entregar” a vida de minha filha aos cuidados
Deus, pois Ele sabe o que faz e deve cuidar dela.
Eu posso fazer a minha parte, alguma coisa, mas não posso
tudo.
E, nesse momento, devo pensar seriamente no lema: Viva
e Deixe Viver.
Afinal, ela está nessa fase. Descobrindo a vida. E eu,
não posso e não devo interferir de maneira negativa.
Devo acompanhar, orientar e acreditar.
É.
Como eu disse no post anterior – a caminhada só está
começando... Sempre. Porque vivemos só por hoje.
E enquanto eu estava escrevendo esse post, ela me
ligou. E está bem. Feliz.
Rsss... Só por Deus! Para nos tirar da aflição e nos
ajudar a deixar que Ele tome conta.
Porque nós, não temos esse poder!
Graças a Deus!