Como distanciar-se e desligar-se daquele que se ama?
Essa é uma das maiores dificuldades de uma mãe/pai, marido/mulher, irmão/Irma
– na relação com uma pessoa vítima da adicção.
Desapego requer prática. Precisa-se apenas continuar tentando. É tudo o
que se pode fazer.
Eu sei, é muito mais fácil dizer do que fazer!
Manter a distância emocional e não esperar nada, na maioria das vezes é simplesmente muito difícil.
Não se pode simplesmente ligar e desligar o corpo. É necessário ajustar
com o tempo e a experiência.
O desapego não pode ser falsificado.
Isso acontece lentamente, à medida que se aprende mais e mais sobre como
ser impotente diante de qualquer pessoa ou situação externa a nós mesmos.
Acontece quando se obtém maior serenidade em nossas próprias vidas.
Quando se reconhece que não estamos ligados simbioticamente a ninguém e
a nada.
Trata-se de reconhecer o direito do outro de tomar suas próprias
decisões, quer gostemos ou não.
O desapego se faz quando se compreende plenamente que nossas obsessões
estão nos prejudicando.
Não se trata de não se importar. Trata-se apenas de ter consciência que
não se pode controlar o que os outros fazem.
Pois Tentar mudar alguém é um exercício extremamente frustrante e
exaustivo.
Com o desligamento aprendemos a cuidar de nós mesmos em primeiro lugar,
assim podemos ter uma visão melhor sobre o que podemos e o que não podemos
fazer.
Não é que nós não podemos fazer nada, é que tentar empurrar as coisas,
não funciona.
É irônico, mas amar qualquer pessoa envolve permitir que esta pessoa
cometa seus próprios erros e assuma a responsabilidade por eles.
Se o outro decide por destruir-se, não podemos deixar que isso nos
destrua. E eu sei, é difícil de assistir.
Isso não significa que nós aprovamos, significa apenas que nós entendemos
que o outro pode não saber como fazer algo diferente do que está fazendo.
Cada um tem de trilhar seu próprio caminho.
Pisar no caminho do outro, tentar pegá-lo ou levá-lo no colo, é inútil
para ambos.
O outro precisa experimentar a dor dos seus atos - assim como nós.
A questão é que não podemos ajudar alguém que não está pronto para
ajudar a si mesmo.
E manter em mente os 3 C's é fundamental nessa prática - Eu não Causei, não
posso Controlar e não posso Curar.
Perceber-se impotente sem sentir-se desamparado.
O programa doze Passos é uma programação individual para cada um de nós,
e não para o outro.
O passo dois fala sobre acreditar que um poder maior do que eu possa
restaurar-me à sanidade. Não a do outro, mas a minha.
Por isso, devemos colocar-nos, nós mesmos e o outro, aos cuidados de
algo maior que todos nós.
Esses três primeiros passos mantém nossa sanidade.
E assim, aprendemos a lidar com a dificuldade e a cuidar de nossa
própria vida.
E aprendemos que o outro tem o direito de fazer suas próprias escolhas. Porque
é a sua decisão, não a nossa.
.
E essas são apenas algumas idéias de como o desligamento acontece, em
minha opinião.
E como diz nossa programação, pegue o que for importante, e deixe o
resto.
Realmente estou aprendendo a cada dia viver esse desligamento,já que para minha paz espiritual isso é muito valioso,vamos devagar com a ajuda do nosso poder superior que isso é possivel!!!!!!!!!!!Adorei esse link
ResponderExcluirSim é possível! E fico feliz que tenha gostado!
ExcluirFeed-back como esse me motiva a continuar... Obrigada!